O inesperado, o difícil e o desconfortável fazem parte da nossa existência, e viver assim faz parte de estar no mundo! Desde o nascimento, a vida nos convida a virarmos do avesso, a sentirmos intensamente, ela nos estimula a tentar novos começos, a nos ultrapassarmos e nos largarmos no desconhecido.
Estando no mundo, como vivenciamos o Amor?
Nosso primeiro grande amor começa com nós mesmos, ao lidarmos com nossos traumas, quedas, aprendizados, êxtases, alegrias…
Amar é aceitar o outro como ele é, mas só consigo genuinamente fazer isso, se intimamente me aceito. Neste sentido, encorajo pacientes a se levarem para passear, ir ao cinema, jantar, caminhar, se namorarem diariamente. Ao iniciar este olhar profundo sobre si, uma aceitação clara e sutil passa a fazer parte de quem é, como é.
Quando gastamos algum tempo com nossa existência, passamos a dar novos significados para o que já conhecemos e também a descobrir novas facetas em nós mesmos, dando menos importância para os gostos dos outros, diminuindo a probabilidade de me anular por uma aprovação alheia.
Aceitando o convite da vida, de intensamente vivenciar os turbilhões, as dores, os amores e cores, nos permitimos estar no mundo através de uma vivência de auto-amor.
E nesta vivência de auto-amor, me transformo no inteiro que transbordará em contato com o outro, e não na metade que precisa ser preenchida.