Quantas vezes nos deparamos com nossas falhas e passamos por elas blasfemando, reclamando, colocando a responsabilidade no outro? Quando na verdade somos nós, única e exclusivamente que somos responsáveis por nós mesmos. Nascemos e morremos sós, temos diariamente o poder da escolha, desde a hora para acordar, o que comer, vestir (escolhas que passam desapercebidas por nós), até algumas mais complexas, como direcionamentos profissionais, valores morais e éticos a serem seguidos, etc…
Se nossas escolhas dão certo, bendizemos o que fizemos e nos vangloriamos, mas e quando elas resultam em erros?! Será que conseguimos olhar para nossos erros e aprender com eles?!
E quando o mesmo erro aparece de formas diferentes, com pessoas diferentes, mas lá estamos nós?! Nestes casos, se não percebemos o que em nós faz com que haja a repetição, podemos mudar o cenário, mas cairemos repetidas vezes no mesmo erro, pois tudo o que não se resolve, se repete!!
Está aí a importância de nos conhecermos bem, de pararmos mesmo que no meio do caos, para refletirmos e buscarmos a compreensão de quem somos e porque estamos repetindo continuamente alguns erros. O que ainda não aprendemos sobre nós em dadas situações?!
Encontrei um pequeno conto budista que pode trazer alguma reflexão:
Aprendendo com os erros
O mestre, conduz seu aprendiz pela floresta. Embora mais velho, caminha com igualdade, enquanto seu aprendiz escorrega e cai a todo instante.
O aprendiz blasfema, levanta-se e cospe no chão traiçoeiro e continua a acompanhar seu mestre.
Depois de longa caminhada, chegaram a um lugar sagrado. Sem parar, o mestre dá meia volta e começa a viagem de volta.
-Você não me ensinou nada hoje- diz o aprendiz, levando mais um tombo.
-Ensinei sim, mas você parece que não aprende – respondeu o mestre – estou tentando te ensinar como se lida com os erros da vida.
-E como lidar com eles?
– Como deveria lidar com seus tombos- respondeu o mestre- Em vez de ficar amaldiçoando o lugar onde caiu, devia procurar aquilo que o fez escorregar.